AMOR DE DOM PERLIMPLIM COM BELISA EM SEU JARDIM

Marcolfa, a criada, pretende casar o seu amo D. Perlimplim como a Mãe de Belisa se quer ver livre da filha, nasce assim um casamento de interesse. Belisa é nova, ardente e maliciosa, Perlimplim é um homem de idade mas inexperiente com as mulheres. O que tinha de acontecer acontece… A peça de Lorca, que no início se assemelha a uma comédia ao gosto popular, transforma-se progressivamente numa tragédia, quer no conteúdo, quer na forma. É a dificuldade de compreensão de dois mundos, o feminino e o masculino, que de maneira sintética e lúcida é aqui posta em relevo, num tom onde a poesia e a música são parte integrante da trama teatral. O talento de Garcia Lorca está patente na maneira como trata um tema simples e popular, através de uma forma poética que requer do espectador não apenas a passividade distanciada da ação, mas exige dele muita sensibilidade e disponibilidade, já que o tema é mais sugerido do que representado.

 

Ficha Artistica e Técnica:
Texto: Federico Garcia Lorca | Tradução: Eugénio de Andrade | Encenação: Jorge Silva | Interpretação: Carolina Campanela, Elsa Valentim, Jorge Silva, Patrícia André, Rui Ferreira Macedo, Teresa Faria | Dramaturgia: José Peixoto | Cenografia: Rui Francisco | Figurinos: Maria Luiz | Desenho de Luz: Tasso Adamopoulos | Selecção Musical, Ambiente Sonoro e Interpretação: Miguel Tapadas | Fotografia: José Frade | Design, Gráfico: Rui A.Pereira | Produção Executiva: Daniela Sampaio |  Produção: Teatro dos Aloés | M/12

Estreia
22 de março de 2017 nos Recreios da Amadora

Locais de apresentação
 Recreios da Amadora, A Moagem – Cidade do Engenho e das Arte no Fundão, Cine-Teatro da Misericórdia na Chamusca, Cine-Teatro Municipal Ivone Silva, Ateneu Artístico Vilafranquense

HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA

“A palavra de que mais gosto é “não”. É o “não” de alguém que diz “basta”, como o revisor da História do Cerco de Lisboa. É o “não” de alguém a quem contam a História e se revolta, para perguntar porquê, para quê e para quem. Se encontrássemos respostas para estas perguntas, se calhar acabávamos por entender o Mundo.”

Esta criação é uma adaptação do romance História do Cerco de Lisboa de José Saramago, no ponto de partida desta história encontra-se um acto de rebeldia criativa: o revisor Raimundo Silva escreve um “não” nas provas de um livro de História onde se afirmava que em 1147 os cruzados tinham ajudado os portugueses na conquista de Lisboa aos mouros. O transtorno causado na editora por este acto “inexplicável” serve de pretexto para que a gestora Maria Sara lance um desafio ao revisor: a escrita de um romance no qual a ficção se imponha à verdade histórica, isto é, no qual D. Afonso Henriques conquiste Lisboa sem a ajuda dos cruzados. E é à escrita desse novo romance que o público irá assistir: Raimundo Silva, que receberá a visita em cena do próprio José Saramago, será confrontado com os problemas da criação literária. Tal qual um encenador, convocará as personagens históricas (D. Afonso Henriques, o Cavaleiro Henrique, Mogueime e Ouroana) para montar um espetáculo – que é a escrita de um romance, diante dos nossos olhos.

 

Ficha Artística e Técnica
Dramaturgia: José Gabriel Antuñano | Encenação: Ignacio García | Intérpretes: Ana Bustorff, Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luís Vicente, Pedro Walter, Rui Madeira e Tânia Silva | Cenografia: José Manuel Castanheira, assistido por Pedro Silva e pelos estagiários Filipe Fernandes, Francisca Castro, Inês Carrillo, Maria Luís e Sofia Lacerda | Figurinos: Ana Paula Rocha | Música: Ignacio García | Luz: Guilherme Frazão | Som: Miguel Laureano | Co-produção: Acta – A Companhia de Teatro do Algarve, Companhia de Teatro de Almada, Companhia de Teatro de Braga e Teatro dos Aloés | M/12

Estreia
21 de setembro de 2017 nos Recreios da Amadora

Locais de apresentação
 Recreios da Amadora, Theatro Circo, Teatro Municipal Joaquim Benite, Teatro Lethes

O CAVALEIRO DA DINAMARCA

Este texto conta a história de um cavaleiro que numa noite de Natal decide fazer uma grande viagem para passar o Natal seguinte em Belém. Este é o ponto de partida de uma epopeia, que nos guia desde o inicio da nossa Era até ao conhecimento dos limites do Mundo. Através das personagens que o cavaleiro vai encontrando, vamos vivenciando histórias e lendas de diferentes latitudes que na verdade são pilares da nossa civilização. De venezianos corações apaixonados a mentes brilhantes de Florença ao olhar de navegadores portugueses, passando por vários monumentos, ouvimos lendas e histórias apaixonantes que fazem parte da nossa cultura e da nossa identidade. Passando do inferno de Dante às pinturas de Giotto, de São Francisco a fazer um pacto com o lobo navegamos com Pêro Dias, gesticulamos com ele na sua comunicação com os indígenas, navegamos, assim no nosso sangue e chegamos a casa Esta é a partitura do nosso espetáculo que pretende não só chegar aos alunos do 7º ano mas a todo o público em geral.

Ficha Artística e Técnica
Texto: Sophia de Mello Breyner Andresen; Encenação: Sofia de Portugal | Intérpretes: Afonso de Portugal, Carlos Malvarez, David Medeiros e João Redondo | Cenografia, Figurinos, Design Gráfico, Fotografia: Aurélio Vasques | Música: Afonso de Portugal | Operação de Luz: Tasso Adamopoulos | Produção Executiva: Daniela Sampaio | Produção: Teatro dos Aloés | M/6

Estreia
15 de novembro de 2017 nos Recreios da Amadora

Locais de apresentação
Recreios da Amadora, Cine Teatro D. João V, Recreios da Amadora, Angra do Heroísmo, Cine-Teatro de Loures