BLUE

BLUE é uma seleção e montagem das “pequenas peças e monólogos” de DAVID MAMET. MAMET é conhecido pelo seu apurado “ouvido”, pela sua extraordinária capacidade em reproduzir a linguagem quotidiana, e essa característica revela-se particularmente nestes diálogos curtos de que o próprio MAMET disse serem provavelmente a melhor coisa que escreveu.

São “flashes” das mais diversas situações – desde um estúdio de rádio, um café numa pequena terra no Vermont ou a sala duma casa de campo – imagens que se vão sucedendo numa divertida série de vinhetas sobre os Estados Unidos da América.

Com humor e minúcia, DAVID MAMET registou nestes diálogos as indecisões, as incoerências, os silêncios que enchem as conversas das pessoas, e também a falta de comunicação que as caracteriza.

Os personagens não se ouvem uns aos outros, não falam entre si. Estão sempre a pensar noutra coisa – a não ser quando se zangam…

Como nas peças de TCHEKOV (que MAMET várias vezes traduziu/adaptou para inglês) há uma permanente contradição entre o que se pensa e o que se diz. Talvez tenha sido por isso que MAMET escreveu no prefácio à edição destes textos o seguinte: “Diz a tradição que quando Shakspeare acabou o REI LEAR, entregou-o ao ator Richard Burbage dizendo: “Meu filho da mãe finalmente consegui escrever uma que tu não vais conseguir representar”

Ficha Artística e Técnica
Autor: David Mamet | Tradução e Encenação: João Lagarto | Interpretação: Afonso Lagarto, Joana Bárcia, Jorge Silva, José Peixoto e Sérgio Praia |Cenografia e Figurinos: Sara Machado da Graça | Música: Afonso Lagarto | Desenho de Luz: João Carlos Marques | Design Gráfico: Rui Pereira | Fotografia: Eduardo Amaro | Assistente de Encenação: João Borges | Divulgação: Tânia Carvalho | Produção Executiva: Gislaine Tadwald | Produção: Teatro dos Aloés | M/12

Estreia
18 de março de 2009 nos Recreios da Amadora

Locais de apresentação
Recreios da Amadora, Auditório Fenando Lopes-Graça, Teatro Garcia de Resende, Festival Folia

NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE ALGODÃO

O encontro de um dealer e do seu cliente no meio das trevas de um lugar sem nome, longe dos homens. Um encontro quase sobrenatural onde os medos transbordam e onde os desejos se misturam. O dealer tenta fazer cuspir o desejo do cliente que lhe cospe a recusa na cara: é violento, divertido, irónico este combate em que cada um dos dois tenta defender o que lhe resta de dignidade, altivez e humanidade. Mergulhando num mundo espetacular faz cruzar e confundir dois mundos opostos; o mundo do dealer, o da metáfora e da poesia e o do seu cliente moldado na realidade.


Ficha Artística e Técnica
Autor: Bernard-Marie Koltès | Tradução: Nuno Júdice | Revisão: Diogo Dória | Encenação: José Peixoto | Interpretação: João Lagarto e Jorge Silva | Cenografia e Figurinos: João Rodrigues | Músico: Filipe Melo | Desenho de Luz: Carlos Gonçalves | Produção Executiva: Gislaine Tadwald | Produção: Teatro dos Aloés | M/12

Estreia 
17 de junho de 2009 nos Recreios da Amadora

Locais de apresentação
 Recreios da Amadora, Teatro Taborda, Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha

FACAS NAS GALINHAS

Numa aldeia de um lugar remoto e um tempo obscuro a Jovem Mulher de um lavrador procura a sua identidade: saber quem é e para onde vai, qual o seu destino. Pelo menos para que serve. O marido, Pónei William, ocupado com os seus cavalos manda-a levar o grão ao moinho distante onde vive um moleiro enigmático que a aldeia acusa de ter assassinado a sua própria mulher e o filho de ambos. Cheia de terror a Jovem Mulher cumpre a tarefa que lhe pedem e encontra um homem diferente dos que habitam a aldeia, solitário, ocupado com a sua vida, que no intervalo do seu trabalho lê livros e passa ao papel as ideias que lhe ocupam o pensamento, que se questiona e procura saber, aceitando a sua diferença e a solidão a que isso conduz. De regresso a cada traz consigo o fantasma do moleiro que a assusta mas que deixou de odiar e que passa a exercer sobre ela uma atração que a inquieta e lhe traz felicidade…

Assim contada é uma história excessivamente simples e linear para dar conta da realidade do que se passa em FACAS NAS GALINHAS texto complexo que adensa as personagens e os seus comportamentos na progressão do seu desenvolvimento, contraditório, labiríntico e por vezes inexplicável como a lama humana.

Ficha Artística e Técnica
Autor: David Harrower | Tradução: Paulo Eduardo Carvalho | Encenação: José Peixoto | Interpretação: Carla Galvão, Jorge Silva e Luís Barros |Cenografia e Figurinos: Ana Paula Rocha | Desenho de Luz: Carlos Gonçalves | Design Gráfico: Rui Pereira | Fotografia: Margarida Dias | Produção Executiva: Gislaine Tadwald | Produção: Teatro dos Aloés | M/16

Estreia
11 de novembro de 2009 nos Recreios da Amadora

Locais de apresentação
 Recreios da Amadora, Fórum Romeu Correia, Teatro Carlos Alberto